Páscoa e os Símbolos Pascais
Passados
os exercícios da Quaresma, pelos quais nos preparamos para a celebração da
Ressurreição do Senhor, entramos no Tempo Pascal, tempo de alegria e exultação
pela nova vida que o Senhor nos conquistou pagando, com sua entrega na cruz, o
alto preço de nosso resgate.
A cor
litúrgica é branca, símbolo da pureza e da alegria (afinal, estamos limpos do
pecado) e a presença do Círio Pascal é marcante como símbolo do Cristo
Ressuscitado, coluna de LUZ que vai à frente do seu povo.
Nesta
primeira semana do Tempo Pascal, em particular, celebramos "A OITAVA DA
PÁSCOA". Como o mistério da "passagem" do Senhor pela morte é
extremamente profundo, durante 8 dias celebraremos esse grande mistério como se
fosse um único dia com o objetivo de viver melhor o ponto central de nossa fé:
A RESSURREIÇÃO DE JESUS (no passado, esse era um tempo especial de contato com
a fé para os que tinham sido batizados durante a Vigília Pascal).
Todo o
tempo pascal, que se estende por 7 semanas até a Festa de Pentecostes, é
marcado, não apenas nos domingos mas também durante os outros dias da semana,
pelos textos de Atos dos Apóstolos e do Evangelho de São João.
São
trechos que nos mostram a fé das primeiras comunidades cristãs e dos Apóstolos
em Cristo Ressuscitado e nos convidam a fazer da nossa vida uma contínua páscoa
seguindo fielmente os passos de Jesus, testemunhando-o corajosamente no mundo
de hoje.
É o símbolo mais destacado do Tempo Pascal. A palavra
"círio" vem do latim "cereus", (de cera), e produto das
abelhas. O círio mais importante é o que é aceso na Vigília Pascal como símbolo
de Cristo - Luz -, e colocar-se-á sobre uma elegante coluna ou candelabro
enfeitado, até ao Pentecostes. Ele é, já desde os primeiros séculos, um dos
símbolos mais expressivos da vigília. No meio da escuridão (toda a celebração é
feita de noite e começa com as luzes apagadas), de uma fogueira previamente
preparada acende-se o Círio, que tem uma inscrição em forma de cruz,
acompanhada da data do ano e das letras Alfa e Ômega, a primeira e a última do
alfabeto grego, para indicar que a Páscoa do Senhor Jesus, princípio e fim do
tempo e da eternidade, nos alcança com força sempre nova no ano concreto em que
vivemos.
O Círio Pascal tem em sua cera incrustados cinco cravos de incenso
que simbolizam as cinco chagas santas e gloriosas do Senhor da Cruz.
Além do simbolismo da luz, o Círio Pascal tem também o da oferenda,
como cera que se consome em honra de Deus, espalhando sua Luz: "aceitai,
Pai Santo, o sacrifício vespertino desta chama, que a santa Igreja Vos oferece
na solene oferenda deste círio, trabalho das abelhas. Sabemos já o que anuncia
esta coluna de fogo, ardendo em chama viva para glória de Deus... Rogamos-Vos
que este Círio, consagrado ao Vosso nome, para destruir a escuridão desta
noite".
O Círio Pascal ficará aceso em todas as celebrações durante as sete
semanas do tempo pascal, ao lado do ambão da Palavra, até à tarde do Domingo de
Pentecostes. Uma vez concluído o tempo Pascal, convém que o Círio seja
dignamente conservado no batistério.
O Círio Pascal também é usado durante os batismos e nas exéquias,
quer dizer no princípio e o termo da vida temporal, para simbolizar que um
cristão participa da luz de Cristo ao longo de todo o seu caminho terreno, como
garantia de sua incorporação definitiva à Luz da vida eterna.
O cordeiro é o símbolo mais antigo da Páscoa, é o símbolo da
aliança feita entre deus e o povo judeu na páscoa da antiga lei. No Antigo
Testamento, a Páscoa era celebrada com os pães ázimos (sem fermento) e com o
sacrifício de um cordeiro como recordação do grande feito de Deus em prol de
seu povo: a libertação da escravidão do Egito. Assim o povo de Israel celebrava
a libertação e a aliança de Deus com seu povo.
Moisés, escolhido por Deus para libertar o povo judeu da
escravidão dos faraós, comemorou a passagem para a liberdade, imolando um
cordeiro. Para os cristãos, o cordeiro é o próprio Jesus, Cordeiro de Deus, que
foi sacrificado na cruz pelos nossos pecados, e cujo sangue nos redimiu:
"morrendo, destruiu nossa morte, e ressuscitando, restituiu-nos a
vida". É a nova Aliança de Deus realizada por Seu Filho, agora não só com
um povo, mas com todos os povos
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